Mais um texto fodão do Sebastião Nestunes ( ou Sebastião Nunes, ou Sebunes Nastião)
Leitores de Machado de Assis entusiasmadíssimos com sua obra
Hoje os folhetins estão nas novelas de TV, onde se trepa (pelo menos tentam) o tempo todo. Quem não trepa na frente do telespectador trepa antes ou depois do capítulo. Até dá pra saber se foi antes ou depois, pela intensidade dos beijos dos atores. Aqueles de arrancar beiços revelam que ainda não, vai ser depois. Os meio murchos, de boca mole, declaram em altos brados que já era. A comida foi antes e os atores já andam a meio pau. Tudo isso porque fiquei pensando na chusma de "estudiosos" universitários que escrevem, escreveram e escreverão teses e mais teses sobre o marido de Dona Carolina. Se a gente dobrar a esquina leterária, vai ver que a coisa é um formigueiro. Carlos Drummão de Andrade já deve ter contabilizado 12.222 teses; Cecília Meirinha, umas 6.666; Jorge de Limão, outras 3.333; Só Macu, o impávido colosso de Mario d'Andrade, cerca de 1.666,5; Castr'Alves, o vate mulherengo, 24.444 trambolhos; até os tropicalistas, depois que deixaram de ser olhados com olho de mau agouro e Gil virou ministro, já renderam 2.222 estudos. Que significa isso? Significa que a universidade é um enorme vespeiro de trançar e cruzar referências, de preferência conservadas no formol do dejavismo e nos perfumes da falta de ousadia. Pegue você um autor fora da linha, desses que descarrilam se o vento sopra, dos que lambem chulé e cheiram meia sebenta (Glauco Mattoso serve bem de exemplo), ou dos que sabem que mãe é santa mas também trepa, que todo pai dá em cima das vizinhas mais fofinhas, que as tias chupam escondido os sobrinhos de seis anos - e vê lá se merecem uma linhazinha só dos universitários grimpados nos cumes da sapiência. Nécaras! Ficam nos luminares estelares dos caralhes (marmóreos) lá deles. Escrevo esse lero-lero - e já encerro - pensando que a literatura atual, principalmente em prosa, é feita de baixaria, como a vida que vivemos diuturnamente, nas ruas, nas vielas, nas passarelas e nos puteiros de centrão e de subúrbio, quando não são puteiros ali bem refestelados nos salões de 333 metros quadrados de apês dos Jardins ou do Lebrão. Então me pergunto: quando tais escritores, que mais parecem tarados escumando perdigotos, irão merecer que castos(as) donzéis(elas) de letras escorreitas se debrucem sobre eles? Núncaras! E assim mais se escancara o abismo entre vida, escrita (ou escritura, como eles mesmos gostam) e universitários estudiosos de alto coturno. Como aliás eu nem queria demonstrar, mas fica enfim demonstrado: literatura não tem nada com universidade. Muito antes pelo contrário, como dizia Maria Antonieta d'Alkmin, tomando conta de mim.
Um comentário:
vai tomar no cu
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