Segue um poema satírico inédito supostamente escrito pelo espírito de Gregório de Mattos, psicografado pelo médium G.W., e enviado-nos para que pudéssemos comprovar a veracidade do mesmo.
SONETO XVII
Ardor em firme caralhão crescido!
Pranto por belo leite derramado!
Recebe ao ventre o jorro esporrado!
Expele ao vento o bastardo nascido!
Vós, que em seus ventres acolhes escondidas,
Vós, que em suas conas escorre arrebaçadas,
Qual néctar que espalha a semente aprisiondada,
Herdeiros, quais? De tal caralha ardida.
Se és Sirle, como passas em gestante?
Se és Dirce, do pretinho ser pai me acusaria?
Mas ai! Que andou Amor em mi imprudante.
Pois para acalmar a gesta mulataria,
Vivendo em tal inferno como al Dante,
Estarei a gozar em outra pradaria.
No soneto, vemos que a gravidez aparece como imperceptível como causa e efeito no firme, ou seja impenetrável coração. Porém, no segundo verso é perceptível no pranto pelo leite derramado, tornando-se perceptível o efeito de uma causa oculta. Podemos observar também no segundo quarteto o disfarce da causa na palavra escondidas e o efeito transpõem o circulo da contenção interna para o exterior evidenciando o efeito concreto de uma causa oculta no verso: “...suas conas escorre arrebaçadas”. E, nos versos seguintes, continua o jogo de oposições. Nesta primeira parte do soneto, observamos que os dois quartetos são para descrever o ato sexual desenfreado a suas conseqüências, bem como a sua natureza contraditória. O sujeito-lírico o sente e descreve o que sente.
Uma vez descrito esse sentimento conflitante, o poeta passa a investigá-lo racionalmente “(...)Qual néctar que espalha a semente aprisiondada, / Herdeiros, quais? De tal caralha ardida. (...)” . Logo, observamos que a emoção é deixada de lado sob os auspícios da nova constatação: a falta de prudência, que para suavizar a tirania do próprio ato sexual; como vimos no verso “(...)Mas ai! Que andou Amor em mi imprudante. (...)”. Mesmo assim, o poeta fixa-se na linha da oposição para retratar o engano entre a realidade e o jogo sexual.
No soneto XVII, observamos um joguete de palavras que nos conduz num ritmo cadenciado, na sonoridade das silabas tônicas e, também, nas rimas interpoladas ou intercaladas nos quartetos e rimas cruzadas ou alternadas nos tercetos, ou seja, ABBA e ABABAB. Inervesicalidade deveras característica do Boca do Inferno. Aliás, nos dois sonetos todas as rimas são interversicais. O sujeito-lírico, na sua angústia, nos revela o afeto e as lágrimas, derramadas no desespero de ter engravidado tais mulatinhas. Os sinais de exclamação tendem a revelar a exaltação ao sofrimento, cujo choro seria o ápice de tal sentimento. Observamos, que o sujeito, ainda que desinencial, aparece no final do verso (oração). A tônica da primeira parte do soneto está em intercalar o desespero e a lascívia. A presença da antítese é freqüente, pois observamos que proximidade de palavras de sentido contrário que, através das figuras de linguagem com as hipérboles, metáforas paradoxos, não só personalizam o medo , mas demonstram toda a tensão, principalmente, no segundo quarteto. Já na segunda parte, ou seja, nos dois tercetos, os versos interrogativos demonstram o conflito, enquanto a revelação do sentimento de angústia é destacada com clareza quando o poeta usa letra maiúscula no início dos nomes ( os negros de então tinham seus nomes grafados , sempre, em minúsculas). Observamos, outra vez, o paradoxo, bem como a ambigüidade e o dualismo nos versos finais em que o poeta utiliza as figuras de linguagem com engenhosidade e habilidade.
O sujeito-lírico, na sua angústia, nos revela um afeto e um tormento. Todavia, utilizando os recursos da alusão e ilusão, o diz de uma forma ambígua em que relaciona esperma e gravidez numa velada despedida, talvez, de um sentimento oculto que chove e rega as faces de duas mulata as quais o eu-lírico deseja deixar de amar. A repetição da mesma palavra nos versos 2º e 3º do primeiro quarteto faz-nos acreditar que é para dar ênfase à partida. no tendem a revelar a exaltação ao sofrimento, cujo choro seria o ápice de tal sentimento. Observamos, que o sujeito aparece no final do verso (oração). A tônica da primeira parte do soneto está em intercalar a paixão e as lágrimas. A presença da antítese é freqüente, pois observamos que proximidade de palavras de sentido contrário que, através das figuras de linguagem com as hipérboles, metáforas paradoxos, não só personalizam a paixão, mas demonstram toda a tensão, principalmente, no segundo quarteto. Já na segunda parte, ou seja, nos dois tercetos, os versos interrogativos demonstram o conflito, enquanto a revelação do sentimento é destacada com clareza quando o poeta usa letra maiúscula no início da palavra. Observamos, outra vez, o paradoxo, bem como a ambigüidade e o dualismo nos versos em que o poeta utiliza as figuras de linguagem com engenhosidade e habilidade.
“(...) Ardor em firme caralhão crescido!
Pranto por belo leite derramado! (...)”
Outro elemento interessante é o desejo implícito nas metáforas que indica o dualismo do ser que ora pode ser emocional e ora pode ser carnal. Tanto é que pode desejar duas pessoas ao mesmo tempo. Também observamos em esta mesma linha de raciocínio verso final na suposição suscitada com a cópula verbal “é” homogeneizando o amor e o desejo; alegria e tristeza; choro e sorriso; imagem e reflexo; alusão e ilusão:
“(...)Vós, que em seus ventres acolhes escondidas, / Vós, que em suas conas escorre arrebaçadas, (...)”
Evidencia-se a visão extremamente racista para com os negros, insultando-os e colocando-os em uma posição inferior à dele, como em em vários de seus textos, que foram construídos com um tom de desprezo e repúdio. Este é um poema dos que têm por tema a mulata, nos quais esta é descrita como alguém que tenta o poeta. Nesse poema percebe-se uma tensão sexual constante, um erotismo exacerbado e a colocação da figura feminina negra como objeto de desejo unicamente carnal. Repúdio ao negro, como no conhecidíssimo poema:
TORNA A DEFINIR O POETA OS MAOS MODOS DE OBRAR NA GOVERNANÇA DA BAHIA, PRINCIPALMENTE NAQUELA UNIVERSAL FOME, QUE PADECIA A CIDADE.
Que falta nesta cidade?.....................Verdade
Que mais por sua desonra.................Honra
Falta mais que se lhe ponha..............Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
[...]
Quais são os seus doces objetos?..............Pretos
Tem outros bens mais maciços?................Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?..............Mulatos.
Dou ao demo os insensatos,
Dou ao demo a gente asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
[...]
O trecho acima faz parte de um poema em que Gregório ataca vários segmentos da sociedade baiana, e evidencia a postura de repúdio do artista quando o assunto é a classe dos negros e mulatos. Gregório usa um tipo de construção na primeira estrofe e outro tipo na segunda estrofe, recuperando no final da segunda estrofe as palavras finais de cada verso da primeira. Nota-se também na última parte do trecho que ele dirige sua crítica não apenas aos negros, mas aos que os estimam também.
Cotejando este desconhecido poema que estamos analisando, com outros textos de Gregório, que têm desta vez a mulher branca como tema, nota-se uma diferença brusca dos poemas sobre mulatas em diversos aspectos, desde o tom do texto até a escolha do vocabulário. O poeta descreve esse segundo tipo de musa utilizando imagens religiosas, linguagem mais erudita, entre outros recursos, que acabam por criar uma impressão diferente da donzela, uma impressão de beleza superior e intangível.
Vejamos agora como Gregório lida com a figura da mulata em outro poema de conhecida safra.
INDO O POETA PASSEAR PELA ILHA DA CAJAIBA, ENCONTROU LAVANDO ROUPA A MULATA ANNICA E LHE FEZ ESTE ROMANCE.
Achei Anica na fonte
lavando sobre uma pedra
mais corrente, que a mesma água,
mais limpa, que a fonte mesma.
[...]
Conchavamos, que eu voltasse
na segunda quarta-feira,
que fosse à costa da Ilha,
e não pusesse o pé em terra,
Que ela viria buscar-me
com segredo, e diligência,
para na primeira noite
lhe dar a sacudidela.
Depois de feito o conchavo
passei o dia com ela,
eu deitado a uma sombra,
ela batendo na pedra.
Tanto deu, tanto bateu
co'a barriga, e co'as cadeiras,
que me deu a anca fendida
mil tentações de fodê-la.
[...]
É muito interessante analisar este poema, pois ele demonstra claramente (pelo menos para mim) o que a mulata representava para o poeta. Mostra-se, a seguir, um outro texto de Gregório, para enfim confrontar os poemas e as diferentes posturas do autor.
PONDERA AGORA COM MAIS ATTENÇÃO A FORMOSURA DE D. ÂNGELA.
Não vi em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura.
Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma Mulher, que em Anjo se mentia,
De um Sol, que se trajava em criatura.
Me matem (disse então vendo abrasar-me)
Se esta a cousa não é, que encarecer-me.
Sabia o mundo, e tanto exagerar-me.
Olhos meus (disse então por defender-me)
Se a beleza hei de ver para matar-me,
Antes, olhos, ceguei, do que eu perder-me.
São claras as diferenças entre os dois poemas. No que fala de Anica, há diversos sinais que a colocam apenas como objeto sexual do autor, enquanto no texto sobre a formosura de D. Ângela, esta é vista como um ser perfeito, que provoca as reflexões amorosas mais profundas no poeta. Há disparidades também na linguagem utilizada na construção dos poemas. Há uso constante de expressões populares no primeiro, e as imagens criadas servem para enfatizar o interesse carnal pela mulata, como no poema analisado. Já no segundo, percebe-se um vocabulário mais erudito, e o trabalho com imagens menos carnais e mais líricas ou elevadas, como em " De uma Mulher, que em Anjo se mentia, / De um Sol, que se trajava em criatura", que ajudam a dar um tom de distanciamento maior entre o poeta e sua amada.
A partir destas discrepâncias textuais, pode-se passar para uma análise das motivações de tudo isso. Creio que pode-se concluir que Gregório de Matos e a sociedade brasileira do século XVI, da qual faz parte o poeta, era racista, e tinha o negro, o mulato, como alguém inferior, ou até como algo . Há também esta visão da mulata como simples objeto de desejo carnal, tomando-a apenas uma coisa, porém coisa cobiçada, mesmo que no sentido físico somente, “(...)Recebe ao ventre o jorro esporrado! (...)”, e não com o lirismo com que é tratada a personagem branca. Tal comportamento, visto tanto na obra do poeta barroco quanto nas próprias relações sociais, pode ser encarado como uma reafirmação do discurso racista, e não como uma contradição a ele, pois a coisificação da mulata ou a valorização unicamente de seus atributos físicos não deixa de ser uma atitude racista.
Para confirmar, segue uma análise minunciosa, heproca-escandida, dos versos a fim de verificar a metrificação peculiar do autor.
SílabaVerso 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª
1º Ar dorem fir me ca ra lhãocre sci do! A
2º Pran to por be lo lei te de rra ma do! B
3º Re ce be aoven treo jô rroes po rra do! B
4º Ex pe leao vem too bas tar do nas ci do! A
5º Vós, queem seus vem tresa co lhes es com di das, A
6º Vós, queem suas co nases co rrearre ba ça das, A
7º Qual néctar quees pa lhaa se men tea pri sio nda da, B
8º Her dei ros, quais? De tal ca ra lha ar di da. B
9º Seés Si rle, co mo pas sas em ges tan te? C
10º Seés Dir ce, do pre ti nho ser pai me a cu as ri a? D
11º Mas ai! Que an dou Amor em mi im pru dan te. C
12º Pois pa raa cal mara ges ta mu la ta ri a, D
13º Vi vem do em tal in fer no como al Dan te, C
14º Es ta reia go zar em ou tra pra da ri a. D
Estrofes características da obra Matosiana presente no referido soneto: regulares compostas de dois quartetos e dois tercetos
Versos característicos da obra Matosiana presente no referido soneto: regulares compostos e com número de sílabas fixo; com rimas dissilábicas, trissilábicas e polissilábicas; sendo que o 1º verso é decassílabo sáfico e os demais são decassílabos heróicos
Crase (es) características da obra Matosiana presente no referido soneto: 4º verso, 5ª sílaba; 5º e 6º versos, 2ª sílaba;e 9º e 10º versos, 1ª sílaba.
Elisão (sões) características da obra Matosiana presente no referido soneto: 3º verso, 3ª e 6ª sílabas; 5º verso, 5ª sílaba; 7º verso, 4ª sílaba; 11º verso, 3ª sílaba; 13º verso, 4ª, 7ª e 9ª sílabas;e 14º verso, 7ª sílaba.
Diante de todas as evidências, constata-se se , sem sombra de dúvida, um poema pertencente à obra de Gregório de Matos. Qual a surpresa deste analista, especialista na obra deste, desconhecer, até então, tal soneto.
Para a análise, foi usada a seguinte bibliografia:
MATOS, Gregório de. Obras completas. São Paulo: Cultura, 1945.
Olavo Sader ( Bacharel I)
5 comentários:
Muito interessante esse poema psicografado de Gregório de Matos. Antes de ser kardecista, sou também um admirador da obra do Boca do Inferno pois estudei-o numa monografia da faculdade ( fiz Letras aqui em São José dos Campos), e seria muito difícil enganar-me quanto às características, como as vistas no soneto, tão peculiares do poeta baiano.
Eu gostaria muito de saber quem é este médium G. W. que psicografou este soneto. Quais outras obras mediúnicas são deste iluminado?
ISSO É UMA FARSA!! RIDÍCULO UM AUTOR MORTO ESCREVER ALGUMA COISA! ASSIM COMO O CANALHA FARSANTE DO CHICO XAVIER!
LEIAM VOCÊS, PRA SUA TRISTEZA BACHARÉIS ESPÍRITAS ( DE PORCO) O DESMASCARAMENTO DA FARSA CHICO XAVIER:
AMAURI XAVIER PENA, FILHO DA IRMÃ MAIS VELHA DE CHICO XAVIER, DONA MARIA XAVIER, FOI ESCOLHIDO PELO TIO PARA SER SEU SUCESSOR. VINHA TREINANDO DESDE OS TREZE ANOS. AOS 17 ANOS CEDEU ÀS INSISTÊNCIAS DO TIO. TREINADO COM GRANDE CONSTÂNCIA NA “PSICOGRAFIA”, MOSTROU MAIOR FACILIDADE DO QUE O FAMOSO TIO PARA IMITAR OS AUTORES QUE LIA. E ASSIM PUBLICOU MAIS DE CINQÜENTA LIVROS “PSICOGRAFADOS” IMITANDO MAIS DE CINQÜENTA AUTORES, “CADA QUAL NO SEU PRÓPRIO E INCONFUNDÍVEL ESTILO. RECEBEU TAMBÉM UMA EPOPÉIA DE CAMÕES EM ESTILO QUINHENTISTA”, CRUZ E SOUSA, GONÇALVES DIAS, CASTRO ALVES, AUGUSTO DOS ANJOS, OLAVO BILAC, LUÍS GUIMARÃES JR., CASEMIRO CUNHA, INÁCIO BITTENCOURT, CÍCERO PEREIRA, HERMES FONTES, FABIANO DE CRISTO (?!), ANÁLIA FRANCO..., E ATÉ BOCAGE E RABINDRANATH TAGORE. O BOLETIM ESPIRITISTA “SÍNTESE”, DE BELO HORIZONTE, FAZIA A DIVULGAÇÃO.
“UM GRANDE MÉDIUM” ERA PROCLAMADO, MESMO DEPOIS DA AUTO-RETRATAÇÃO EM JULHO DE 1958 NO “DIÁRIO DE MINAS”. E LÁ MESMO, PERANTE OS JORNALISTAS, IMITOU DIVERSOS ESTILOS DE AUTORES FAMOSOS. “TUDO O QUE TENHO ‘PSICOGRAFADO’ ATÉ HOJE, APESAR DAS DIFERENÇAS DE ESTILO, FOI CRIADO PELA MINHA PRÓPRIA HABILIDADE, USANDO APENAS CONHECIMENTOS LITERÁRIOS”, DECLAROU.
E PROCLAMOU QUE SEU TIO CHICO XAVIER “NÃO PASSA DE UM GRANDE FARSANTE”. E À REVISTA “MANCHETE”: “REVOLTAVA-ME CONTRA AS AFIRMAÇÕES DOS ESPIRITISTAS (QUE DIZIAM QUE ERA MÉDIUM). LEVADO À PRESENÇA DO MEU TIO, ELE ME ASSEGUROU, DEPOIS DE LER O QUE EU ESCREVERA, QUE UM DIA EU SERIA SEU SUCESSOR. PASSEI A VIVER PRESSIONADO PELOS ADEPTOS DA ‘TERCEIRA REVELAÇÃO’”...
--- COMO ABSURDAMENTE CHAMAM AO ESPIRITISMO, COM ELE PRETENDENDO SUPLANTAR, APÓS AS REVELAÇÕES DO PAI E DO FILHO, A TERCEIRA REVELAÇÃO PELO DIVINO ESPÍRITO SANTO O DIA DE PENTECOSTES.
“A SITUAÇÃO TORTURAVA-ME, E VÁRIAS VEZES, PROCURANDO FUGIR ÀQUELE INFERNO INTERIOR, ENTREGUEI-ME A PERIGOSAS AVENTURAS, DIVERSAS VEZES SAÍ DE CASA, FUGINDO À CONVIVÊNCIA DE ESPÍRITAS. CANSADO, ENFIM, CEDI DANDO OS PRIMEIROS PASSOS NO CAMINHO DA FARSA CONSTANTE. TINHA ENTÃO 17 ANOS”.
“PERSEGUIDO PELO REMORSO E ATORMENTADO PELO DESESPERO, COMETI VÁRIOS DESATINOS (...). VI-ME ENTÃO DIANTE DA ALTERNATIVA: MERGULHAR DE VEZ NA MENTIRA E ARRUINAR-ME PARA SEMPRE DIANTE DE MIM MESMO, OU LEVANTAR-ME CORAJOSAMENTE PARA PENITENCIAR-ME DIANTE DO MUNDO, LIBERTANDO-ME DEFINITIVAMENTE. FOI O QUE DECIDI FAZER PROCURANDO UM JORNAL MINEIRO E REVELANDO TODA A FARSA” (...).
“MEU TIO É TAMBÉM UM REVOLTADO, NÃO CONSEGUINDO MAIS RECUAR DIANTE DA FARSA QUE HÁ LONGOS ANOS VEM REPRESENTANDO”.
“EU, DEPOIS DE TER-ME SUBMETIDO A ESSE PAPEL MISTIFICADOR, DURANTE ANOS (...), RESOLVI, POR UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA, CONTAR TODA A VERDADE” (VER TAMBÉM “ESTADO DE MINAS”, 20-JANEIRO-1971; REVISTA “REALIDADE”, NOVEMBRO 1971, PÁGINA 65; ETC.).
________________________________________
NOTA: ESSE TÓPICO É PARTE INTEGRANTE DE “A VERDADE SOBRE CHICO XAVIER”, DE OSCAR GONZÁLEZ-QUEVEDO, S.J., PROFESSOR, DOUTOR E PADRE, DIRETOR/PRESIDENTE DO CLAP – CENTRO LATINO-AMERICANO DE PARAPSICOLOGIA, “UM DOS CENTROS PARAPSICOLÓGICOS DE MAIOR PRESTÍGIO A NÍVEL MUNDIAL”.
Chico Xavier, queiram ou não os incrédulos, era um homem iluminado. Ele psicografou quatrocentos e doze livros. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam Vendeu mais de 20 milhões de exemplares [ Será que entre essas vinte milhões de pessoas, não havia ao menos uma que entendesse de literatura pra comprovar a autoria dos autores psicografados? Claro que há, leda ingenuidade de quem acha que não!]. Chico Xavier cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro.
Seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, com 256 poemas atribuídos a poetas mortos, entre eles os portugueses João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro, e os brasileiros Olavo Bilac, Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos, foi publicado pela primeira vez em 1932.
Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz que aceitou como prova válida (entre outras que também foram apresentadas pela defesa) um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de "Maurício" teria inocentado o amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.
Se a própria “justiça dos homens” reconheceu a seriedade de Chico Xavier, porque quem é leitor de literatura não poderia fazê-lo?
Achei muito legar este blog que democratizando a informação, disponibiliza textos mediúnicos. Nós os kardecistas precisamos de divulgar mais, dessa maneira, nossos médium. Para quem quiser conhecer mais livros de autores famosos e livros literários psicografados por Chico Xavier:
1932 - Parnaso de Além-Túmulo (FEB, primeira obra publicada)
1937 - Crônicas de além-túmulo (FEB, primeira obra pelo espírito Humberto de Campos)
1947 - Volta Bocage (FEB, pelo espírito Bocage
1985 - Retratos da Vida (IDE/CEC, pelo espírito Cornélio Pires)
entre outros.
Abraço aos irmãos “bacharéis”
Irlan
Sociedade Espírita Kardecista "O CONSOLADOR"
Av. Sebastião Aparecido Lopes, 201 - SANTANA - Araraquara, SP
http://sekoconsolador.com/
O blog "Bacharéis em Baixaria" em nome de seu articulista Emir de Carvalho ( Bacharel I ) vem a público esclarecer que, a propósito da publicação do referido soneto atribuído a Gregório de Matos, nossa missão puramente acadêmica ( essa é a idéia editorial do blog)restrigia-se meramente a fazer a análise linguístico-literária, a partir de nossos renomados especialistas, acerca dos aspectos textuais. o que, como pode ser verificado, após minúncias científicas,constatou-se realmente ser de autoria de Gregório de Matos. E só. Não foi afirmado em momento algum que achávamos que este poema fora "psicografado" ou algo parecido.Não levantamos bandeira do kardecismo ou do anti-kardecismo. Estas especulações não nos interessam, mas, tão somente, as de cunho cinetífico-acadêmico.
Sem mais
Os Bacharéis
Há trechos desse artigo copiados do ensaio que está em http://www.mafua.ufsc.br/guilhermehenrique.html, publicado em 2006. Ou teriam sido psicografados????
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