Eis me aqui de novo meninas e meninos. O seu amado Emir de Carvalho volta a atacar!
Na minha primeira postagem fui importunado por uns babacas que não têm o que fazer e vieram aqui, invadindo o nosso sagrado espaço, com sua catilinária contra a minha impoluta pessoa. Deixo-os em paz. Eles não sabem do que falam.
Mas aproveito o mote desses pregadores do “novíssimo evangelho” do politicamente correto pra falar de um assunto que há anos me fez ter um estalo, mais ou menos como o do padre Antônio Vieira, ainda que muito mais modesto.
A idéia veio de uma das mais rematadas bobagens que já li. Trata-se da empulhação conhecida como Teologia da Libertação, que todos os que possuem mais de dois neurônios reconhecem como sendo um engodo. Entre os mais pudicos a estrovenga foi batizada de Sociologia da Libertação. Já os que não têm saco pra tanta besteira acabaram por denominá-la simplesmente como Teologia da Empulhação.
Mas, me perguntam vocês, e eu com isso? Nada!
É que essa bobagem se baseia numa premissa, que foi resumida da seguinte forma: opção preferencial pelos pobres. Eu, hein?!? Sai pra lá! De minha parte digo que prefiro as riquinhas. São limpas & cheirosas.
Só que eu peguei o mote, distorci e perverti. Fiz uma opção preferencial pelo podre.
Na estante, em vez de o Diário de um Mago, tenho o Diário de um Ladrão.
E é com essa visão que eu encaro todos os fenômenos da vida. Por isso minha falta de paciência com os politicamente corretos, com as modas musicais, estéticas, literárias etc etc.
Sempre que vejo alguém se apresentar como bonzinho, um exemplo a ser seguido, procuro me informar sobre a vida diária do sujeito e descubro as pequenas falcatruas que ele comete no dia-a-dia. Comeu a cunhada, passou cheque sem fundo, deu calote no padeiro, enfim, agiu como um verdadeiro ser humano. Que heróis, que nada! Picaretas, isso sim! Todos têm um lado Mr. Hyde que orienta a maioria de seus atos.
Não tem escapatória, quando vistos de perto os seres humanos são uns canalhas. Sei que parece difícil de acreditar, principalmente quando estamos diante de alguém tão singular como eu, mas não há escapatória, somos todos uns pilantras.
Mas a podridão não se limita aos aspectos psicológicos humanos, não.
Nos alimentamos de animais mortos, respiramos ares contaminados, destruímos a fauna & flora, contaminamos os mares, e mais e mais e mais ...
Já se tornou lugar comum, carne-de-vaca, falar da iguaria da culinária francesa conhecida como bife faisandé. Mas a imagem surrada não é desculpa para que esqueçamos que se trata de carne em estado de decomposição. Ou seja, podre.
Em matéria sexual, também não somos grande exemplo de higiene. Um antigo tabu das sociedades mais primitivas, considerado tão degradante que supostamente fazia parte do ritual de pacto com o diabo, o famigerado beijo negro é hoje pratica comum na vida de casais comportadinhos. O cunete foi institucionalizado. Quem sabe se daqui a pouco o governo Lula não lança até uma cartilha explicando a melhor forma de praticá-lo.
E sobre nosso corpo, o que dizer? Basta uma simples gripe para que nosso organismo nos lembre do que somos constituídos: catarro & pus entre outras delicadezas.
Podia me alongar dando os mais diversos exemplos e transformando isso num tratado da podridão, que ninguém leria, mas me garantiria uma cátedra na USP. Só que aí eu teria que freqüentar ambiente acadêmico, o que, convenhamos, é demais até mesmo para um apóstolo da podridão como eu.
Por isso encerro aqui meu texto, conclamando todos os queridos leitores deste blog a assumirem sua visceral podridão e se unirem ao Frei Emir de Carvalho para pregarmos juntos o Evangelho da Podridão.
É isso irmãos!
Amém!
7 comentários:
Meu caro Emir de Carvalho, conheça realmente a Teologia da Libertação:
Leo Gilson - Você poderia definir claramente para o leigo o que é a Teologia da Libertação?
Leonardo Boff - E aí então a discussão foi sobre a Teologia da Libertação, não mais sobre mim. A crítica do cardeal se baseava no seguinte: "O teu livro é protestante, quem fala assim são os protestantes, eles não são como os católicos". Eu digo: "Absolutamente, é o lado evangélico do protestantismo, e temos muito o que aprender com Lutero. Então, não aceito que seja o lado protestante, é o lado são da teologia, que percebe o excesso, o abuso de poder da Igreja, a soberba, e pertence à teologia ter uma palavra crítica sobre isso. E há uma tradição profética. A gente, quando é batizado, é batizado para ser profeta, além de sacerdote. Ninguém lembra de ser profeta na Igreja. Os profetas se confrontam com o poder". E se discutiu Teologia da Libertação. A insistência dos nossos dois cardeais era que se fizesse um documento nas igrejas onde se vive uma prática de Teologia da Libertação com pobres e comunidades. Dom Paulo disse ao Ratzinger: "Se o senhor quiser, preparo tudo em São Paulo, o senhor vai conhecer as periferias, vai com os agentes da pastoral e, depois de ver tudo isso, vamos sentar e falar sobre a Teologia da Libertação, porque, se o senhor não vir isso, não vai entender os teólogos". O cardeal respondeu: "Temos obrigações com a Igreja universal, não podemos fazer partido na Igreja local. Somos responsáveis por todas as igrejas, nossa sede de pensamento é aqui". Aí me levantei e disse: "Cardeal, por favor, olhe esta janela, toda de ferro quadriculado. Atrás dessa janela de ferro quadriculado não se faz Teologia da Libertação, porque o mundo já vem traduzido nessa quadratura. Tem de sentir na pele uma experiência de pobreza, porque daí nasce a teologia como o grito dos pobres". A Teologia da Libertação é um grande esforço de uma parte dos cristãos de fazer do Evangelho e da fé cristã um fator de mobilização social. A libertação tem de ser articulada de uma maneira mais holística, mais ampla, tem de envolver a terra, tem de envolver ecologia, todo mundo está empobrecido, somos vítimas do paradigma ocidental, que está destruindo os povos, as classes, a natureza e a qualidade de vida, e a libertação hoje tem de ter uma dimensão planetária, não só dos pobres.
Leo Gilson - Estamos voltando a uma concepção de Hobbes, da humanidade.
Leonardo Boff - É que descobrimos que as famosas forças produtivas são forças altamente destrutivas. É aquilo que Marx diz na quarta parte do primeiro livro O Capital, uma coisa profética, a que estamos assistindo hoje: que a lógica do capital leva-o a destruir as duas pilastras sobre as quais ele se constrói, que é a força de trabalho, dispensando-a pela automação, e a natureza, com seus recursos se exaurindo.
retirado do site
http://carosamigos.terra.com.br/outras_edicoes/grandes_entrev/boff.asp
“: opção preferencial pelos pobres. Eu, hein?!? Sai pra lá! De minha parte digo que prefiro as riquinhas. São limpas & cheirosas.” Foi a uma das declarações mais preconceituosas que já li na minha vida. Parabéns pela coragem seu porco eugenista, nazista, classe-média de merda!
Faço questão de deixar o meu mísero tomovinho mil o mais sujo possível para demonstrar esse rancor. No entanto, por mais que eu rejeite a idéia, devo fazer essa injustiça com as mulheres e reagir à maravilhosa visão de um corpo feminino do mesmo modo que vejo a desprezível traseira de um porsche fedorento (ainda por cima um troço inventado por aquele engenheiro nazista). Enfim, a peneira não ajuda a proteger do sol. O conhecimento empírico deve ser usado para nortear nossas ações, mesmo se às vezes nossos miolos nos envergonham. Esse embaraço, porém, pode ser dirimido com a compreensão mais profunda de seu funcionamento. A ciência explica esse seu comportamento tão vil: A exclusão emocional.
A natureza humana coloca este empecilho da exclusão emocional no caminho daqueles que sonham com um mundo melhor. Mas também forneceu a capacidade de empatia necessária para reunir a humanidade. A indiferença é mais comum no reino animal do que a solidariedade, mas a nossa espécie está entre as mais gentis, contrariando, como você vê, sua crença na animalidade humana.
Duvida? Então tome ciência ( nos dois sentidos que a palavra cabe):
A visão de quase todos os grupos sociais costuma ativar o córtex pré-frontal medial, uma região embaixo da testa que só funciona quando a pessoa pensa sobre si mesma, ou sobre outro ser humano. O pensamento nos miseráveis é processado na insula e amigdala, áreas do cérebro fortemente relacionadas com a sensação de nojo. Para alguns que têm esta disfunção cerebral ( como ti, creio), a imagem de uma privada entupida provoca uma reação semelhante à de um mendigo, a falta de atividade no pré-frontal durante a exibição de fotos de pessoas excluídas mostra que "membros de certos grupos sociais parecem ser desumanizados". Embora as pessoas possam, conscientemente, encarar os excluídos como gente, o cérebro processa como grupos sub-humanos. E não importa se o indivíduo testado está consciente deste fato. Seu limitado cérebro é incapaz de fazer esta distinção entre o certo e o errado.Uma lamentável patologia que desencadeia em preconceito.
A empatia é uma característica muito comum nos seres humanos e este tipo de exclusão emocional não deveria acontecer. Um estudo acerca desse tema será publicado na próxima revista Psychological Science, com o título Desumanizando os excluídos dos excluídos: neuro-imageamento de respostas à exclusão extrema (Dehumanizing the lowest of the low: neuro-imaging responses to extreme outgroups).
Anônimo,
Ninguém que se considere cristão deve colocar sobre o dogma divino da igreja, um dogma terreno e herético, como o marxismo. Esse sentimentalismo pelo qual a Teologia da Libertação quer persuadir os cristão não é suficiente ante os indivíduos comprometidos com os verdadeiros valores cristãos, e com toda certeza, não é próprio de um cristão dar primazia a uma visão que reduz toda e qualquer relação entre os seres sob o prisma material.
O padre Paulo Ricardo fala disso com clareza absoluta nesse comentário a respeito da referida teologia, que segue abaixo. Creio que seja de muito mais confiabilidade a opinião de um membro eminente da própria igreja a um excomungado.
http://www.padrepauloricardo.org/podcast/player_2.html
ou
http://www.padrepauloricardo.org/ratzinger/#
(clique em Cardeal Ratzinger e a Teologia da Libertação)
O caro Emir de Carvalho achou um protetor!! E francês! Jean Marie...Que chique! É a panelinha da "classe média que odeia meninas negras pobres e fedorentas"...Não é?
Estou com Frei Betto, Pedro Casaldáliga e Leonardo Boff, três importantes religiosos do Brasil que promovem um papel social mais ativo da Igreja católica, quando criticaram a infeliz escolha de Joseph Ratzinger como novo papa, .
Veja, caro Jean Marie, uma matéria sobre as opiniões do Frei Beto sobre o Ratzinguer:
A Igreja católica "deu um passo atrás", afirmou o dominicano Frei Betto, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o programa Fome Zero. Como Pontífice, o cardeal alemão Ratzinger " reforça os setores mais conservadores da nossa Igreja, sobretudo no que concerne à nomeação de novos bispos e cardeais", disse Frei Betto."E isso possivelmente vai afetar o trabalho das comunidades eclesiais de base desencadeado no Brasil nos últimos 40 anos", acrescentou.
Frei Betto classificou a eleição do papa Bento XVI como "uma escolha infeliz", e acrescentou que o Pontífice é "o único e último monarca absoluto do Ocidente". "O cardeal Ratzinger disse que, com exceção do catolicismo, todas as religiões são imperfeitas. Isso me soa como uma coisa muito grave. Eu peço a Deus que Bento XVI contradiga o cardeal Ratzinger", disse o Frei.
O Brasil tem a maior população católica do mundo, com 126 milhões de batizados, 74% da população do país. Mas, segundo pesquisas recentes, o catolicismo tem perdido terreno aceleradamente no país, diante do avanço dos evangélicos e dos agnósticos.
O país mais populoso da América Latina também foi o berço da Teologia da Libertação, tendência católica silenciada pelo Vaticano que promove uma maior participação em questões sociais.
O espanhol Pedro Casaldáliga, bispo aposentado de São Félix do Araguaia, um dos promotores da Teologia da Libertação, expressou na época sua decepção com a escolha de Ratzinger e criticou o sistema de eleição do papa.
"É lógico que no terceiro mundo, nos setores da teologia da libertação e dentro das comunidades mais comprometidas tem sido uma espécie de decepção a nomeação do cardeal Ratzinger. Só que o papa é o papa, a Igreja é mais que o papa, e o reino de Deus é mais do que a Igreja. E Deus é Deus. A caminhada continua", afirmou Casaldáliga que também é reconhecido no Brasil por seu intenso trabalho social e por ter participado da fundação da Pastoral da Terra e do Conselho Indigenista Missionário , organizações ligadas à Igreja católica brasileira. "Não se pode esperar grandes mudanças", disse Casaldáliga, que enfrentou a resistência da Cúria Romana por seu trabalho no Brasil.
" O teólogo e ex-sacerdote Leonardo Boff disse que Ratzinger é "um homem duro e sem misericórdia", e afirmou que "um imenso inferno de hipocrisia reina na Igreja". Boff, que durante o Pontificado de João Paulo II foi castigado com a imposição de silêncio, disse à Radio Mitre, de Buenos Aires, que a postura de Bento XVI é de "continuação radicalizada" contra a utilização de preservativos e a "discriminação" das mulheres, dos homossexuais e dos portadores do HIV, vírus da aids.
Ratzinger é um homem "sem cordialidade intelectual", com uma postura "dura e às vezes sem misericórdia" para tratar "todo esse longo âmbito de problemas atrás dos quais há sofrimento e discriminação", declarou o teólogo.
Caro Jean Marie, você se torna tão previsível que já te imagino: gordo, branco, classe média, bancário ( ou advogado, ou publicitário, ou jornalista "liberal", ou coisa que o valha),que se diz católico conservador mas que adora hipócritamente ir num puteirozinho de vez em quando. Está assustado pq eu acertei na mosca?
Não esquenta não rapaz, é a corja igual a você é muito previsível.
Sr. anônimo,
Quer dizer que aqueles que não pensam como o senhor são canalhas, nazistas, eugenistas, etc. Ademais, somente por isso o senhor já é capaz de reconhecer neles o que eles são, né. Já que são previsíveis.
Meu caro senhor anônimo, conheça realmente o pensamento Cristão.
Ah! Chega, não converso com lesado. Doente.
Sr Anônimo Adivinho,
É melhor aposentar seus talentos como exoterista. Não é muita garantia, mas sou exatamente o contrário em todas as características descritas por você como as do "canalha", que só o é pelo ato pecaminoso de apontar fatos que desmoronam seus castelos de areia.
De toda maneira, não vi em nenhum trecho da sua colagem nenhuma refutação tomando como base os preceitos originais das sagradas escrituras, adequadas aos argumentos do Padre Paulo Ricardo , com os quais eu faço coro.
Deixe-me agora embarcar na sua onda de prognósticos fenotipicos: depois de ler o manifesto do partido comunista o senhor começou a passar gilete todos os dias no rosto para barba crescer cerrada, disfarçando com ela e sua sombrancelha grossa, a cara de bunda lisa com uma cara de bunda peluda.
Está assustado porque eu acertei na mosca?
Postar um comentário